
Escassez de mão de obra aumenta o custo na Construção Civil
Pesquisa aponta que 82% das empresas da construção estão com dificuldade de contratar novos trabalhadores e 70% dos empresários relatam dificuldade para encontrar mão de obra qualificada.
Fonte: Jornal Nacional
22/03/2025 20h51
Leia na íntegra:
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/03/22/escassez-de-trabalhadores-atrasa-obras-e-aumento os-custos-na-construcao-civil.ghtml
A falta de mão de obra qualificada na construção civil está provocando uma reação em cadeia: trabalhadores mais caros e empreendimentos também.
Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas aponta que 82% das empresas da construção estão com dificuldade de contratar novos trabalhadores.
"É muito normal faltar entre 20 e 30% de mão de obra em cada canteiro.
Profissional com experiência então? Está mais difícil ainda de encontrar; 70% dos empresários dizem que não conseguem mão de obra qualificada.
E tudo o que está em falta custa mais caro - é a velha lei da oferta e da procura. Entre os itens que compõem o índice de inflação da construção civil, a mão de obra registrou a maior alta nos últimos 12 meses: 9,75%.
O custo de materiais, equipamentos e serviços também cresceu, mas em ritmo menor. No local onde está sendo erguido um prédio de 20 andares, 70 funcionários trabalham na obra, mas o ideal seriam mais de 100. A construtora teve dificuldade para contratar mão de obra e, com menos gente trabalhando, o prazo de entrega da obra foi estendido. E quanto maior a demora, maior também o custo de cada um desses apartamentos.
De acordo com a pesquisa, 21% das empresas estão atrasando a entrega das obras e 18% já estão revendo os preços.
"A economia está aquecida de uma forma geral. Ou seja, todos os setores estão demandando mão de obra. Supermercado, o comércio de uma maneira geral e a construção formal. Uma pessoa física quer fazer uma pequena reforma vai se deparar com essa situação, com a falta de mão de obra. Então é uma questão que também vai afetar quem deseja produzir suas pequenas obras, suas pequenas
reformas, porque está faltando mão de obra de uma maneira geral", ressalta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV/Ibre.